Papo de mulher,  Sobre mim

TPM e outras coisas de mulher…

[À]s vezes eu fico pensando: “como é difícil ser eu!”. Só que mais difícil que ser eu, é ser mulher. Em época de TPM eu não me aguento. Não é fácil ver o corpo mudar de um dia pro outro. O humor oscilar entre querer matar alguém ou chorar até morrer. Não to fazendo drama, a situação em si já é dramática. Sorte das mulheres que não tem crises de TPM, e sorte maior ainda dos namorados. Porque sentir todas essas tensões é viver, durante uma semana, com uma estranha. Eu trato diferente as pessoas, eu fico extremamente mau-humorada, o que não acontece nos outros 24 dias. O último dia é o pior de todos. E minha última TPM foi a pior de todas. Começando pelos meus peitos, que não paravam de inchar. Ontem passando pela praça de alimentação eu percebi que todos olhavam pra mim, ou melhor pra eles. Quando cheguei na sala o Cadu exclamou me encarando com se eu fosse um ET: “Meu Deus, que peito enorme!”. Em outra situação eu entenderia aquilo como um elogio, mas não na TPM. Mas o que mais me deixa triste é que semana que vem eles voltarão ao tamanho normal.

Acredito que essas mudanças tão bruscas fazem parte de uma outra mudança que aconteceu com meu corpo e que eu queria que servisse de alerta pra outras jovens mulheres. Há uns 15 dias, percebendo algo estranho no meu corpo decidi procurar um ginecologista. Como tenho atendimento no meu trabalho, fui contar o que estava acontecendo, pois eu pensei que assim já teria uma explicação. Entre várias teorias, ele decidiu marcar uma consulta de emergência para aquele mesmo dia. No final da contas eu estava com uma infecção no colo do útero. Na verdade isso é comum acontecer com as mulheres, mas no meu caso já tinha “atacado” quase todo o colo. Sabe por quê? Por não fazer consultas a cada seis meses como é recomendado. Acredito que tenha muitas meninas que também acreditam que seja besteira a periodicidade das consultas. Mas não é. Nós, mulheres, somos fortes, mas também muito vulneráveis. Doenças aparecem sem aviso prévio, e em nós, podem aparecer sem nenhuma explicação. Então aqui fica meu aviso, pra quem ninguém precise passar pela dor e pelo constrangimento que eu passei naquele dia. Dor porque eu estava há muito tempo com o útero machucado e não sabia. E constrangimento, por que qualquer coisa relacionado ao nosso orgão sexual traz constrangimentos. Quando a mim espero que esteja tudo bem, ainda to fazendo tratamento.
E meu recado para os homens é: valorizem as mulheres. Vocês não têm noção do que nós passamos.

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