Crônicas
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Domingo no parque
m passeio no parque sempre me remete a imagem de casais sentados juntinhos, grupo de amigos bebendo ou fazendo pinic, mães com suas crianças ou famílias passeando. Talvez eu tenha essa ideia fixa de nunca estar sozinha, por que eu vim de uma família grande. A gente sempre saiu junto, não me lembro de ver meu pai saindo pra passear sozinho nem minha mãe. Passear por Zurique (na verdade em qualquer lugar) sozinha pra mim sempre foi um problema. Eu vim pra cá com o propósito de desbravar a cidade na companhia de alguém, e fiz isso varias vezes, claro. Talvez no passado eu não tenha dado o valor a…
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Tic Tac
Eu tenho alguns textos nunca postados no meu computador. Alguns são somente rabiscos, outros quase completos. Alguns não cabe mais ao momento postar, ou precisam de uma certa “atualizada”. Mas esse texto que eu achei hoje é totalmente atemporal, você vai ver por quê 😉 minha relação com o tempo Posso dizer que nossa relação é de amor e ódio. Tenho que ser sincera e dizer que você é muito monótono, sempre com o mesmo sermão “tic TAC tic TAC”. Não muda nunca? Nos últimos meses você me assustou, me confortou e me fez, de maneira forçada, me acostumar com as coisas. Pois é assim que você age, sem…
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Lar doce lar
Encontrar um apartamento em Zurique para morar é uma das tarefas mais difíceis. Especialmente se você não está em condições de pagar muito por ele. Porque? A regra é simples, muita procura, pouca oferta, preço alto. No início do ano passado, ainda no Brasil, eu comecei a procurar apartamentos pela internet, com aluguel de no máximo 1000 francos. Eu olhava e pedia pro Amir ir visitar o local. Ele ia até o apartamento, pegava o formulário do pedido de aluguel e mandava para a imobiliária. Só por curiosidade ele perguntava ao atual morador quantas pessoas ja tinham visitado o apartamento. Em torno de 100 pessoas. Concorrência, não? Por 5 meses…
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Lucky Sunday, parte 4
Neste domingo, um texto incompleto de uma Karina completamente diferente, de 5 anos atrás. Bom domingo a todos!
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Lucky Sunday, parte 3
E viva o dia da ressaca! E na manguaça ninguém tem inspiração não é mesmo? Então no nosso domingão do Faustão quem traz novidades é a minha queridíssima Anna. Pedi pra ela escrever algo pro blog e e dei a ideia de contar como foi a viagem à Austrália, mas pelo visto Anna se irritou no meio do caminho…
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Lucky Sunday, parte 2
Eu tardo, mas não falho! O Lucky de hoje é com um queridíssimo amigo: Luiz Fernando Gomes. Nando é psicólogo, então imagina como eu “grudo” nele toda vez que o vejo! #chatafeelings Adorei o poema dele, cheio de sensibilidade e sensualidade. Sente só:
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Lucky Sunday, parte 1
Porque domingo é o dia da preguiça, de curtir o maridão (em breve), de ficar de pijama. Dia de sair de casa, ir ao parque ou visitar o sogro (em breve). Vai dizer que não é um dia delícia? Os domingos aqui no blog serão dias de sorte, pois irão receber pessoas de atitude, que sempre têm alguma idéia para compartilhar. Por isso criei a tag Lucky Sunday. Todo domingo vou publicar um texto/crônica/poema de alguém. De preferência textos “não-famosos”. Para estrear meus posts de domingo, apresento-vos Carlos Eduardo Duarte, vulgo Cadu ou Dudu ou Edu, do blog A Boa da Boate. Se você tem algum texto guardado aí na gaveta pasta…
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O novo inverno
E o inverno chegou… Hoje não é mais tão frio como antigamente, quando eu vestia aquele casaco quentinho que minha avó faz. Quando a viagem de duas hora até chegar na casa dela não era tão cansativa. Queria logo chegar, ver os primos, contar as novidades, os segredos guardados por meses, só esperando a pessoa confiável pra contar. O selinho que deu em que gostava, a paixão platônia. Era muto mais frio, o clima. Mas o resto era quentinho, acolhedor. Aquele café depois de cinco horas seguidas de brincadeiras.As preocupações hoje são bem diferentes. Chegou o inverno? “Ai meu Deus! Preciso comprar aquela bota preta de cano alto que prometo…
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Até quando?
Hoje ao sair do trabalho me vi diante de um fato que sempre me aborrece muito. Aconteceu o seguinte: Estava saindo da Asembleia Legislativa, pelos fundos. Um senhor passou em minha direção e perguntou a uma mulher militar (funcionária da Casa): -Onde fica o elevador pra ir ao restaurante? -É esse aqui – respondeu a moça apontando para o elevador dos fundos. Mas na Assembleia existem dois elevadores. Um no hall principal, que leva até o restaurante, e outro nos fundos, que leva até a cozinha do restaurante. Eu logo percebi que o senhor iria parar na cozinha, e pela pergunta que ele fez ficou claro que ele queria almoçar.…
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Eu sou aquilo que ninguém vê!
Eu sou as brincadeiras de criança, os segredos que não revelo a ninguém, minha comida predileta, os amores mal resolvidos, a saudade que sinto de quem já se foi, ou que o tempo ou ainda a distancia me impedem de ver, a angústia de não ter conseguido, a lealdade que prezo em minhas (poucas) amizades, os gritos de loucura e a paz da lucidez, a alegria de ver 3 irmãos nascer e crescer, um abraço que sempre quis dar, mas nunca dei, a emoção que sinto em olhar para minha família, o choro ao ver uma propaganda de TV, algumas conquistas frustradas, todas as crises de depressão acompanhadas de um…